Notas e apontamentos ao longo da vida, na minha actividade profissional e não só.
Quinta-feira, 11 de Novembro de 2010
DESTINOS COM PRAZO DE VALIDADE

Excelente Portal de Vinhos, configura um óptimo ambiente para dar a conhecer a boa Gastronomia e os seus segredos, assim como, a mostrar outras das várias vertentes do Turismo por cá e por lá por fora!

Este interessante artigo escrito por Catarina Cabral, está publicado nesse interessante portal.


"DESTINOS COM PRAZO DE VALIDADE


Agora que a UNESCO actualizou a sua lista de paisagens em perigo de extinção, conheça alguns dos destinos e atracções turísticas que deve visitar antes que desapareçam de vez.

O aumento da temperatura, as secas e as inundações, a poluição, a pressão populacional e a subida do nível do mar têm contribuído em larga escala para a degradação e o desaparecimento de diversos ecossistemas e locais de beleza natural que sempre funcionaram como importantes focos de atracção turística. E não são só os monumentos naturais que sofrem com as catástrofes naturais ou o impacto da acção do Homem. De acordo com a World Monuments Watch (WMW), importantes elementos da herança artística e arquitectónica mundial encontram-se em perigo de desaparecer ou em vias de sofrer alterações radicais na sua estrutura original. A lista é longa e alguns casos já são considerados bastante graves. Mas muitos ainda podem ser visitados e, quem sabe, protegidos.


Maldivas (Oceano Índico)

O caso das Maldivas, no Oceano Índico, é o mais comentado pela opinião pública, talvez por se tratar de um paraíso que povoa o imaginário da maioria das pessoas. Como consequência do aquecimento global e derretimento das calotas polares, as quase 1200 ilhas que compõem as Maldivas estão a afundar-se. Na capital, Malé, vivem 100 mil pessoas que, ano após ano, são afectadas por tempestades cada vez mais fortes. O mais impressionante é que, com apenas 3 mil carros e nenhuma grande indústria, as Maldivas nem sequer emitem gases suficientes para provocar o efeito de estufa. Actualmente, um muro de três metros protege a ilha principal do mar e das tempestades, enquanto que, outra ilha, já praticamente submersa, foi recuperada através de um sistema mecânico de reposição de areias. Mas o nível do mar continua a subir. Na ilha de Tegua, a cerca de 1500 quilómetros da Austrália, a população de uma aldeia costeira foi obrigada a deixar para trás as casas e fugir para uma zona mais elevada. O Presidente Anote Tong já disse que se «chegou ao ponto de não retorno» e, a pouco e pouco, a população do arquipélago vai sendo acolhida pelas vizinhas Austrália e Nova Zelândia. De acordo com a ONU, até 2100 cerca de 75% das ilhas Maldivas terão desaparecido. E esta é a melhor das hipóteses!

 

Veneza (Itália)

Classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, Veneza é outro caso gritante de degradação. Situada na região de Veneto, no nordeste de Itália, a cidade foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas formadas por cerca de 150 canais numa lagoa rasa. As ilhas estão ligadas por cerca de 400 pontes. Veneza é mundialmente famosa pelas gôndolas que deslizam pelos canais, pelas imponentes basílica e praça de São Marcos e ainda pela Ponte de Rialto. No entanto, o cenário outrora romântico desta cidade italiana transformou-se em algo um pouco mais decadente e apodrecido. A água começa a tomar conta de Veneza que, em 100 anos, perdeu 20 centímetros. O aumento do nível do mar Adriático (1,4 milímetros por ano) faz com que a água inunde as praças e casas da cidade com cada vez mais frequência, fazendo com que os edifícios comecem a ficar corroídos e apodreçam. Para 2014, prevê-se a concretização de um ambicioso projecto de comportas que contenha as águas do mar.

 

Machu Picchu (Peru)

Desde 1983 que Machu Picchu, um dos mais conhecidos monumentos arqueológicos do mundo, é considerado Património Histórico da Humanidade. No entanto, esta antiga cidade Inca, construída no século XV e localizada a 2400 metros de altitude, tem sofrido diversos deslizamentos de terra e assistido à deterioração das suas ruínas. De acordo com geólogos japoneses, o deslocamento de terras e rochas pode destruir Machu Picchu por completo. Com o grande fluxo de turistas, tornou-se ainda mais provável que a cidade se desmoronasse e, por isso, desde 2004 instituiu-se um limite de 2500 visitantes por dia.


Napa Valley (Califórnia, Estados Unidos da América)

Uma das principais áreas de enoturismo do mundo vê o seu bem mais precioso ameaçado, a uva, ameaçado pelas alterações climáticas. Ao longo de quase 50 quilómetros, o vale abriga 260 vinícolas onde são produzidos vinhos de boa qualidade, graças a uma combinação única de terreno e temperatura. No entanto, o aumento do calor na região tem prejudicado fortemente as condições de desenvolvimento deste fruto que, em 2050, poderá desaparecer completamente.

Mas não é só Napa Valley que está a ver as suas produções vitivinícolas ameaçadas. Em Agosto de 2009, a Greenpeace, com o apoio de várias figuras francesas relacionadas com o vinho e gastronomia, publicou no jornal francês Le Monde uma carta aberta denunciando os efeitos nefastos que o aquecimento global terá nas vinhas de todo o mundo. «As mudanças climáticas estão a tornar as nossas vinhas cada vez mais vulneráveis», avisa a carta da Greenpeace. O documento recorda também que «as vagas de calor no Verão, as recentes tempestades de granizo em Bordéus e as novas doenças vindas do sul vão ser cada vez piores».

 

Amazónia (América do Sul)

A Amazónia, uma das grandes maravilhas sul-americanas, é a maior floresta tropical do mundo, possuindo a maior bacia hidrográfica do planeta e acolhendo o maior número de espécies animais e vegetais. No entanto, devido às queimadas e ao abate intensivo de árvores, estima-se que, em menos de 20 anos, este grande reservatório de água e oxigénio possa perder 20% das suas dimensões iniciais.


Selva tropical de Atsinanana (Madagáscar)

A selva de Atsinanana, na província de Toamasina, corresponde a seis parques nacionais na zona Este da ilha de Madagáscar, responsáveis pela manutenção da sua biodiversidade, incluindo a sua história geológica que evolui de forma independente desde há 60 milhões de anos. Madagáscar serve de habitação a muitas espécies ameaçadas, bem como espécies raras como os lémures. Tem ainda servido de refúgio a espécies cujo habitat é ameaçado e portanto revela-se cada vez mais importante perante as alterações climáticas. O Comité do Património Mundial da UNESCO notou que, apesar de existir legislação que proíbe a exploração e exportação de jacarandá e ébano, o país continua a conceder licenças de exportação para a madeira extraída ilegalmente. Foi feito um apelo a Madagáscar para que tome todas as medidas necessárias para cumprir a legislação e impedir a extracção ilegal que prejudica os habitats das muitas espécies que aí se refugiam.


Parque Nacional de Everglades (Estados Unidos da América)

O Parque Nacional de Everglades, na Flórida, é famoso pela sua riqueza de espécies e pela enorme variedade de habitats aquáticos, tornando-o num local de excepção para pássaros e répteis. É a maior área selvagem subtropical do continente norte-americano e inclui o maior ecossistema de mangue do hemisfério ocidental. A sua variedade de espécies selvagens subtropicais e temperadas é única nos Estados Unidos, sendo simultaneamente um ecossistema frágil. Nos últimos anos, têm sido desviadas quantidades elevadas de água para as cidades, colocando em risco 20 espécies. Desde o início do séc. XX, 95% da população de aves desta região já desapareceu.


Catedral Bagrati e Mosteiro Gelati (Geórgia)

A Catedral Bagrati, construída entre os sécs. X e XI, foi parcialmente destruída mas as suas ruínas encontram-se ainda no centro de Kutaisi. O Mosteiro Gelati, erigido entre os sécs. XII e XVII perto de Kutaisi, corresponde a um complexo com azulejos e pinturas de parede, murais e manuscritos. Foi reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade em 1994 e, em 2010, colocado na lista de locais em perigo. Juntamente com a Catedral Bagrati, representam o início da arquitectura medieval na Geórgia. De acordo com o relatório apresentado na 34ª Sessão do Comité do Património Mundial da UNESCO, as intervenções do governo local no processo de reconstrução da catedral foram consideradas irreversíveis, não foram aprovadas e comprometeram o valor de carácter universal, a integridade e a autenticidade do sítio. O documento recomenda ainda que o Governo da Geórgia suspenda imediatamente todas as intervenções em Bagrati e implemente estratégias de ordenação do turismo e uso dos prédios históricos.

 

Túmulos dos Reis do Buganda (Uganda)

Os túmulos dos Reis do Buganda, em Kasubi, definem um local de cerca de 30 hectares na zona de Kampala. É constituído por uma montanha e no topo encontra-se o palácio dos Kabakas de Buganda, erigido em 1882 e convertido em cemitério real em 1884. A arquitectura é composta por materiais orgânicos como madeira, sapé, junco e vime, mas são acima de tudo as características intangíveis que lhe definem a identidade. Este é o local religioso mais activo do reino, uma obra-prima da criatividade humana no que respeita à sua concepção e execução, e marcado pela história, tradições e valores espirituais. Infelizmente, este lugar sagrado ficou parcialmente destruído durante um incêndio em Março de 2010, razão que levou a UNESCO a incluí-lo na lista de monumentos em perigo.


Grande Muralha (China)

A maior muralha alguma vez construída pelo Homem está a desmoronar-se a um ritmo alucinante graças ao roubo de pedra para a construção de habitações privadas, de tempestades de areia e até da intervenção de grandes cadeias de fast-food. A Nordeste de Pequim, uma parte do muro está a ser utilizada como atracção turística, exibindo uma estátua enorme em plástico do Coronel Sanders (símbolo da cadeia Kentucky Fried Chicken) e, na província de Shaaxi, 8 quilómetros de muralha foram demolidos para a edificação de uma aldeia.


Grande Recife de Coral (Austrália)

São dois quilómetros de recifes, ilhas e atóis que formam um impressionante e colorido santuário de vida marinha na Austrália. O aumento da temperatura nos oceanos destruirá cerca de 95% dos corais da maior barreira do mundo até 2050, segundo um estudo do Governo australiano. Os corais são frágeis e muito sensíveis às oscilações de temperatura e à poluição do mar. Um dos maiores recursos turísticos deste país está, assim, em perigo, uma vez que o aumento de 1º centígrado já é o suficiente para destruir alguns corais. O aumento registado tem feito com que os corais libertem as algas simbióticas responsáveis pelas suas colorações azuladas e esverdeadas. Desta forma, ocorre o branqueamento das colónias e consequentemente a morte de uma Barreira de Coral tão imponente que consegue ser vista do espaço.

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Catarina Cabral

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Se ainda estivesse no ativo, já tinha "pegado" na ideia e "programado" estes destinos, precisamente com o título que a jornalista deu ao seu, desculpem-me o termo, bem "esgalhado" artigo.


sinto-me: com vontade de viajar...
tou a ouvir: Around the world.Aqua
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publicado por FV às 01:49
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by Fernando Venâncio
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